terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Onde as ruas não tem nome

Where the streets have no name

O que Marisa Monte, Roberto Carlos e o U2 têm em comum? Uma música que fala de um lugar imaginário onde se pode "encontrar a natureza, a alegria e felicidade com certeza".

Isto, claro, nos versos da música "Além do Horizonte" do Rei. Na voz da rainha da MPB, este lugar imaginário para o qual se vai para "acalmar o coração" onde o "mundo tem razão" e onde tem um "verdadeiro amor para quando você for" se chama Vilarejo.

Mas, antes mesmo conhecer estes paraísos imaginários, ideiais ou utópicos da MPB, eu conheci um descrito pela banda U2 numa canção que me acompanhou numa das primeiras mudanças de cidade que fiz na minha vida e que agora volta a estar presente nesta nova e significativa mudança para Brasília. Trata-se da música "Where the streets have no name" (onde as ruas não tem nome).

Segundo um amigo que me apresentou à esta música, ela fala de um lugar imaginário onde as ruas não tem nome de pessoas porque a igualdade foi, enfim, estabelecida. Uma espécie de referência ao paraíso cristão onde não haverá mais sofrimento e toda lágrima será enchugada.

Um lugar onde se poderá tocar a chama (touch the flame), ou seja, a origem de toda a vida que estará no centro desta cidade que fica além das planícies desérticas (High on a desert plain). Uma cidade onde as pessoas sentem o calor da presença de Deus e estão, juntos, queimando em amor (burning down love).

Esta é a cidade imaginária onde as ruas não tem nome. E é deste lugar que eu me lembro quando ando pelas ruas sem nome de Brasília e também do lugar onde vou morar. Sobretudo, porque lá - diferentemente de outras capitais - as crianças ainda brincam na rua, sozinhas e tranquilas dando uma "saudade que eu sinto de tudo o que ainda não vi" e me fazendo lembrar que este é um sonho que muitos outros também possuem.

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