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Depois de uma semana andando de ônibus, meu carro chegou à cidade. E juntamente com ele a missão de aprender a andar na W3, L4, Eixão, entrequadras, superquadras e, como não poderia deixar de ser: nas famosas tesourinhas.
As tesourinhas, ao que parece, são uma marca registrada da cidade de Brasília, ou seja, algo muito comum aqui e quase inexistente no resto do país.
Tratam-se, na verdade, de uma espécie de trevo no qual você tem que entrar três vezes para conseguir pegar o sentido contrário ao que você estava... Claro, não é muito prático e me faz lembrar da indignação de uma amiga ao criticar este modelo brasiliense sendo que o mais fácil seria simplesmente fazer um contorno (tipo barberagem) para passar para o outro lado da pista!
Com a tesourinha, no entanto, o arquiteto acabou impedindo as barberagens e gambiarras no trânsito. Ao menos no trânsito...
Em suma: burocrático, mas curioso. Enquanto fazia minha primeira tesourinha, comecei a meditar que ela reflete parte dos caminhos da vida, pois as vezes damos muitas voltas até encontrar nosso destino. Na primeira volta, a impaciência; na segunda, a esperança; e na terceira, finalmente, a certeza de que chegaremos!
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