terça-feira, 13 de julho de 2010

Naná Vasconcelos

Chuva amazônica

Alguns artistas você sabe que são bons mesmo sem conhecer sua obra. Assim foi minha relação com Naná Vasconcelos (um dos maiores percusionistas do mundo) até este ano.













Sempre ouvi falar do nome dele e das suas participações fora do Brasil. Mas, nunca havia ouvido nada dele. Daí não pensei duas vezes quando soube que ele viria se apresentar em Brasília. Ainda mais depois que soube que ele faria uma apresentação com um cellista. Uau, Violoncello e percussão? Imperdível.

Contrariamente o hábito que diz que sempre estou atrasado ou chegando em cima da hora, naquele dia me supreendi a mim mesmo ao ver que chegava dez minutos antes do horário marcado!

No entanto, na hora de entrar o cara da bilheteria disse que o ingresso que estava entregando a ele não era daquele espetáculo... De fato, era de um outro show que tinha ido em Campinas semanas atrás! Uh! E agora, Batman?...

Uma das pessoas da organização então gentilmente foi falar com o organizador do espetáculo que, compreendendo minha situação e acreditando na minha palavra (algo surpreendente hoje em dia) deixou-me entrar pedindo-me para escolher um lugar depois que as portas já estivessem fechadas.

E assim foi que assisti meu primeiro show fiado na vida! :)

Sempre medi a qualidade de vida de um lugar pela possibilidade de comprar fiado. Lembro-me até hoje das vezes que consegui pegar ônibus (circular) fiado quando morei no interior de Minas Gerais e descobria, já no ônibus, que tinha esquecido a carteira em casa.

Aqui em Brasília a coisa já estava indo bem pelo fato de conseguir comprar suco fiado na barraquinha em frente ao meu trabalho e janta num restaurante perto de casa. Mas, agora parece que me superei! Enfim, um crédito a mais para a cidade!

E durante o espetáculo, além de ouvir o mestre, ainda pude participar de uma música de percussão humana interativa na qual Naná conseguiu imitar o barulho da chuva na floresta amazônica a partir do som da própria platéia.