segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu prefiro as curvas

Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim

Bem, depois da constatação de que precisaria comprar um transformador de 110 para 220 volts para que minha geladeira paulista pudesse funcionar aqui no planalto funcional, neste final de semana fui até a "feira dos importados de Brasília" - vulgo "trambique", como diria um senhor que conheci lá. (rs)

Mas, engana-se quem vai até o lugar pensando encontrar uma versão brasiliense da Santa Efigênia paulistana ou algo do tipo. Diferentemente disso, o lugar tem umas inusitadas lojas de móveis e decorações com preços nada "trambiquiáveis". Pelo contrário, alguns itens de decoração lá custam mais caro do que num shopping de alta classe que fica há poucos quilômetros dalí.

Comprei, enfim, o transformador que viabilizará água gelada para as tardes de sol escaldante do serrado. Porém, o mais inusitado ficou por conta de uma música que ouvi ao entrar numa lojinha onde tinham alguns produtos sui generis como, por exemplo, uma lixeira com sensor de presença! Isso mesmo: você se aproxima com o lixo e ela abre a tampa automaticamente! Chique no úrtimo! (rs)

Nesta lojinha onde, salvo enganho, também tinha a venda uma espada do Rei Arthur estava tocando um CD do Rei. Assim, enquanto via uma lixeira automática e outros produtos high tech ouvia a versão original das "curvas da estrada de santos" - lugar que, a propósito, sempre quis ir quando morava em Campinas. Mas, não o fui. A vida, como se sabe, está cheia de lugares assim...

O tema das curvas voltaria inconscientemente à reflexão quando, no dia seguinte, fui até um lugar aqui tirar uma foto para completar uma série de imagens que publicarei num post a seguir e que tem, nas curvas, seu tema principal.

Foi bastante curioso reencontrar esta música, porque a primeira vez que ela entrou de maneira significativa na minha vida foi justamente num momento de transição quando eu saía da moradia estudantil da Unicamp para ir morar numa república. Não numa república federativa, como agora - é claro... (rs)

Foi então nos primeiros tempos nesta república que assisti uma fita de vídeo onde Caetano Veloso explicava sua relação com esta música, ouvida - diga-se de passagem - num importante momento de também transição da vida dele.

Durante muito tempo tentei conseguir uma versão digital deste vídeo. E hoje, vejam só, eis que a encontrei no youtube. Para assistir, clique na imagem abaixo: